5 de jun. de 2010

Janaina Dutra e Dandara: representações femininas no Festival das Juventudes


Elas são exemplo para centenas de milhares de militantes por todo o Brasil e dão título a dois dos espaços de debate do I Festival das Juventudes, que termina amanhã, no Clube COFECO.

Conversamos com duas das palestrantes do Festival que estiveram em atividades realizadas nos espaços Janaina Dutra e Dandara: Didiane Souza e Silvia Maria Vieira.

Dediane, que é diretora do Grupo de Resistência Asa Branca – GRAB falou que Dutra, falecida em 2004, é um dos maiores ícones do movimento LGBT e de defesa dos Direitos Humanos no Brasil. Travesti, nascida em Canindé, advogada, militante, fundadora da Associação das Travestis do Ceará – ATRAC, uma das fundadoras do GRAB e depois presidente da Associação Nacional das Travestis – ANTRA, deixou um legado para todos os que lutam pela defesa de uma sociedade mais democrática. “Ela foi responsável pelo que nos entendemos hoje de luta em combate a homofobia”, completa Dediane.

A segunda personalidade com nome feminino nos foi apresentada pela Diretora do IJC, Silvia Maria Vieira, que é especialista em Africanidades e Juventude. Dandara foi a companheira do mártir Zumbi dos Palmares, também responsável pelos processos de resistência nos quilombos. Segundo Sílvia, são poucos os registros sobre Dandara, mas sua história se projeta como exemplo de força feminina. “Apesar da história muito forte, Dandara é uma mulher invisibilizada como muitas mulheres negras ainda hoje no país”, completa Sílvia.

Rafael Mesquita - IJC
Comunicação Colaborativa

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